Baliza, Ouro Verde, Moiporá, Novo Planalto e Portelândia são as cinco cidades de Goiás que estão entre os 312 municípios em alerta para poliomielite, segundo levantamento do Ministério da Saúde.
A doença está erradicada no Brasil desde 1990 e o último caso em Goiás foi registrado em 1989.
No entanto, o baixo índice de imunização preocupa as autoridades do setor, já que a doença, que pode ser mortal, pode voltar a circular no país.
Conhecida popularmente como “paralisia infantil”, a única forma de prevenção da doença é através da vacina.
O Ministério da Saúde alertou que, nas cidades citadas, não há número suficiente de pessoas imunizadas contra a doença.
O recomendado é que 95% da população de cada cidade esteja devidamente vacinada.
Em Goiás, o município de Baliza é o que tem a menor cobertura entre as cidades goianas com apenas 12% das crianças com menos de 1 ano imunizadas contra a doença.
Em abril deste ano, a Organização Mundial de Saúde (OMS) notificou surtos da doença na Venezuela, onde 142 pessoas já morreram da doença desde 2016.
No Brasil, seis casos suspeitos foram relatados neste ano e aguardam confirmação.
A doença pode causar paralisia, que começa de forma repentina, e pode afetar desde só as pernas, até o corpo inteiro, comprometendo até a respiração. Segundo o MS, a contaminação ocorre por contato “fecal-oral (mais frequentemente), por objetos, alimentos e água contaminados com fezes de doentes ou portadores, ou pela via oral-oral, através de gotículas de secreções da orofaringe (ao falar, tossir ou espirrar)”.
Imunização
A vacina inativada contra poliomielite (VIP) é recomendada para crianças aos 2, 4 e 6 meses de vida.
Em seguida, elas devem receber dois reforços via oral (VOP - conhecida como “gotinha”): aos 15 meses e aos 4 anos de vida.
Conforme o Ministério da Saúde, “pessoas acima de 5 anos de anos não precisam se vacinar contra pólio”.
A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), no entanto, afirmou que, mesmo fora da faixa etária recomendada, que até os 5 anos de idade, aqueles que não são imunizados “devem procurar uma unidade de saúde e se vacinar”.
Pessoas que já são “vacinadas e com registro no cartão de vacinação estão protegidas”.
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Fonte: G1 Goiás (com adaptações)